terça-feira, 9 de março de 2010

História da Colcci



Há cerca de vinte e dois anos atrás nasce no sul do pais, em Santa Catarina, uma das marcas nacionais mais importantes para a moda brasileira dos últimos tempos! Em 1986 a Colcci entrou na passarela sem muito brilho e glamour. Naquela época a marca tinha sua fábrica de fundo de quintal e seus produtos eram baseados em malharia e moletons.

A Colcci passou por um período de dificuldades e crise em 1999, quando foi comprada pelo atual grupo gestor, AMC Têxtil. A marca se torna o mais novo cliente da e21. A conquista se deu em uma concorrência com agências de todo o país, e o resultado foi anunciado durante a Convenção Nacional do Franqueados da Colcci, em Brusque.

A agência se tornou a responsável pela gestão da comunicação das marcas Colcci e Sommer, pertencentes ao Grupo A.M.C. Têxtil. A grife se tornou de alto luxo e seus consumidores passaram a ter contato com os produtos da marca em lojas multimarcas. Esta estratégia ampliou o mercado consumidor e sua presença internacional tem crescido exponencialmente.

Um ano depois da aquisição da marca o grupo investiu em estrutura, ponto-de-venda e nos clientes. Desde então a empresa cresce e hoje está entre as principais do país no exterior, com presença em mais de 30 países. A Colcci começou a ganhar espaço e valor no mercado da moda a partir do momento em que teve o seu produto definido e acabado, sem falar da chegada às passarelas do Brasil e do mundo com ninguém menos do que Gisele Bündchen.

Foi em 2003 que a marca detectou a carência de opções de moda para o público jovem, e começou a investir nesse ramo aparecendo com freqüência em desfiles de moda, principalmente no Fashion Rio daquele ano. Na época a Colcci apostou em desfiles com celebridades e para isso contratou Paris Hilton e a filha de Mick Jageer, Liz Jagger vocalista da banda de rock Rolling Stones, apenas para participar dos desfiles. “Usamos uma estratégia de imagem nos desfiles e decidimos que a marca precisava ter uma celebridade para atrair o público masculino e feminino. Pensamos em celebridades que são objeto de desejo e que o público não tivesse nada contra, que não gerasse mídia espontânea negativa”, aponta Mafra em entrevista ao Mundo do Marketing.

As primeiras ações de Marketing da Colcci tinham foco em ramificar a marca. A meta era dividir as ações com o objetivo de atingir o maior número possível de consumidores. Para se comunicar, a Colcci se preocupava em passar o conceito de uma coleção de moda. Os primeiros investimentos da marca foram feitos de forma padrão, com anúncios em revistas especializadas em moda.



Pouco tempo depois a Colcci chegou à TV com foco no público jovem. Para atingir este tipo de consumidor a marca investiu em TV fechada, através do canal MTV que tem grande aceitação pelos jovens. Além da MTV trabalharam muito com a web, catálogos, PDV e mala direta. Usaram também ferramentas e ações baseadas no ponto-de-venda.

Há dois anos a Colcci passou por um novo processo de reestruturação focada em atingir e atender consumidores mais exigentes e de maior poder aquisitivo. Com o reposicionamento, a maioria dos pontos-de-venda recebeu investimento enquanto outros foram desativados por não se adaptar ao novo estilo da marca.

A estratégia de expansão englobou estrutura e comunicação. Prova disso é que a fábrica da Colcci ocupa 12.000 m2 e tem cerca de 1500 colaboradores. “Houve uma retomada com reformulação em toda a fábrica. O investimento foi direcionado à estrutura da empresa e em Marketing através de estrelas POP para campanha e mais anúncios”, conta o relações públicas da Colcci.

Assim como em qualquer segmento, uma reestruturação acarreta em cuidados para não desfazer a imagem da marca perante os consumidores fiéis. Normalmente uma empresa reposicionada corre o risco de entregar um produto diferente ao que o consumidor está acostumado. Na aquisição da Colcci, a marca já passava por um processo de mudança. “Continuamos o trabalho só que com um visual um pouco mais fashion e investimos na semana de moda, que é muito importante para uma marca de moda do ponto de vista nacional”, diz Mafra.

Falar em Semana de moda e Colcci leva qualquer consumidor - ou conhecedor do ramo da moda - a pensar em Gisele Bündchen. A modelo brasileira teve importância fundamental no processo de comunicação da marca, gerando penetração no mercado mundial e agregando valores por ser uma marca brasileira. “A Gisele é um bom cartão de visitas por ser “Brasil” e não é qualquer marca que pode pagar por ela. Isto significa para o mercado que a Colcci é uma empresa que tem estabilidade financeira”, ressalta Mafra.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Arte Naif



É a arte da espontaneidade, da criatividade autêntica, do fazer artístico sem escola nem orientação, é a arte ingênua cujo estilo pertence a pintura de artistas sem formação sistemática, portanto é instintiva e onde o artista expande seu universo particular e um tipo de expressão que não se enquadra nos moldes acadêmicos, nem nas tendências modernistas, nem tampouco no conceito de arte popular.

Claro que, como numa arte mais intelectualizada, existem os realmente marcantes e outros nem tanto.

O artista naïf é marcadamente individualista em suas manifestações mais puras, muito embora, mesmo nesses casos, seja quase sempre possível descobrir-lhes a fonte de inspiração na iconografia popular das ilustrações dos velhos livros, das folhinhas suburbanas ou das imagens de santos. Não se trata, portanto, de uma criação totalmente subjetiva, sem nenhuma referência cultural.

A arte naïf é situada numa faixa próxima à da arte infantil, da arte do doente mental e da arte primitiva, sem que, no entanto, se confunda com elas, não se preocupa em preservar as proporções naturais nem os dados anatômicos corretos das figuras que representa.



Suas características principais são:
* Composição plana, bidimensional, tende à simetria e a linha é sempre figurativa;
* Não existe perspectiva geométrica linear;
* Pinceladas contidas com muitas cores.

“Em minha obra existe uma preocupação com a cor, forma e equilíbrio, em que o tema fica em segundo plano e o desenho subordinado a cor”. Jairo Arcoverde, artista naif.